Os 10 Principais Alimentos A Serem Evitados Se Sofre De Azia Ou Refluxo

Se os antiácidos se tornaram itens essenciais no seu bolso e substituíram as pastilhas após o jantar, não está sozinho! Mais de metade dos adultos relatou sofrer refluxo gastroesofágico e os medicamentos antiácidos estão entre os 10 medicamentos mais prescritos no mundo. 1,2

Em Portugal, no ano de 2014, 6% da população morreu derivado a doenças do aparelho digestivo. 3

Mas se tantas pessoas estão a tomar antiácidos e inibidores da bomba de protões (PPI’s) para refluxo gastroesofágico e azia, porque é que a situação só está a piorar?

Temos abordado azia e refluxo gastroesofágico da maneira errada

É hora de quebrar um mito comum sobre refluxo gastroesofágico e azia! Temos tratado ambos ao reduzir o ácido estomacal, mas pesquisas científicas descobriram que, com mais frequência, o verdadeiro problema é a presença de muito pouco ácido estomacal! 4

Isto faz todo o sentido, porque, como parte natural do envelhecimento, o ácido estomacal começa a diminuir após os 20 anos de idade. 5 Além disso, 65% das pessoas que usam antiácidos têm 45 anos ou mais, e não há evidências de que demasiado ácido seja um culpado comum para a azia. 6

Apesar da nossa tendência para culpar o ácido do estômago pela azia, precisamos de um fornecimento saudável de ácido estomacal para decompor os alimentos, sinalizar enzimas digestivas para decompor proteínas, gorduras e hidratos de carbono, e livrarmo-nos de bactérias e agentes patogénicos indesejados que estão nos nossos alimentos e água. 7

Os antiácidos perpetuam o refluxo gastroesofágico e causam ainda mais problemas de saúde

Estudos mostram que os bloqueadores de ácidos reduzem as bactérias saudáveis no seu intestino e aumentam as incidências de infecção. 8 Uma das razões é porque a redução da quantidade de ácido nos nossos estômagos com antiácidos ajuda as bactérias indesejadas a sobreviverem ao transporte através do estômago e a entrarem nos intestinos pequenos, criando condições conhecidas como SIBO ou SIFO.

Por sua vez, isto agrava o gás, o inchaço e a azia que estava a tentar evitar! 9 (Saiba mais sobre SIBO e SIFO, e descubra o que fazer acerca disso.)

E não é tudo! A redução dos ácidos estomacais também pode levar a outras condições graves de saúde, tais como deficiências de vitaminas, osteoporose e mais. 10,11

A verdade é que a maioria das pessoas que tomam medicação para reduzir os ácidos estomacais não deveriam, e podem beneficiar de opções mais seguras. 12

Dieta e Estilo de Vida é a chave para abandonar a azia

Como é que se começa a sarar? A boa notícia é que a dieta e o estilo de vida podem ter um grande impacto no alívio do refluxo gastroesofágico e da azia. Cortar os alimentos mais propensos a desencadear ou agravar o refluxo gastroesofágico pode dar ao seu estômago a oportunidade de se “curar”.

Aqui estão os 10 melhores alimentos a evitar para que não desencadeie azia e refluxo gastroesofágico:

  • Tomates e tomatada

Provavelmente já experimentou em primeira mão a queimadura desagradável de um prato ácido à base de tomate. Troque a tomatada por esta maravilhosa receita!

  • Café e chá

Infelizmente, a cafeína em ambas as bebidas populares pode agravar o seu estômago. Experimente versões descafeinadas, ou melhor ainda, troque-as completamente por uma chávena de água aromatizada.

  • Alho e cebola 

Para algumas pessoas com refluxo gastroesofágico, alimentos normalmente saudáveis da família Allium, como alho e cebola, podem causar azia. Um grande substituto é gengibre fresco e picante. 

  • Chocolate 

Triste mas verdadeiro, este deleite favorito é um dos piores alimentos que se pode comer quando se tem refluxo gastroesofágico. Felizmente, pode explorar outras opções saborosas como baunilha ou canela. 

  • Citrinos

Laranjas e toranjas são conhecidas por agravar a azia, especialmente se as comer de estômago vazio. Uma forma criativa de desfrutar dos seus sabores refrescantes sem a azia e alto impacto do açúcar é infundi-los na água como aromatizantes.

  • Hortelã-Pimenta

Esta pode ser uma surpresa porque a hortelã-pimenta é conhecida por aliviar a inflamação do intestino e náusea. Infelizmente, também pode “irritar” a azia. Camomila, alcaçuz ou chá de cúrcuma podem ser ótimos substitutos para ajudar a aliviar a azia.

  • Refrigerante e bebidas gaseificadas 

Entre o alto impacto do açúcar, produtos químicos adicionados, e ligações a acidentes vasculares cerebrais e demência, o refrigerante é um grande não! O espumante também é um problema porque pode produzir refluxo gastroesofágico. 

  • Álcool 

Não é por acaso que ressacas muitas vezes incluem azia! Quando se está a “curar” do refluxo gastroesofágico, o álcool não pode estar presente. Se está a confiar num copo de vinho para o ajudar a relaxar durante a noite, experimente uma boa sessão de música clássica!! Pode não ter o mesmo efeito mas claramente não interfere com o seu estômago! 🙂 

  • Alimentos ricos em gordura e fritos

Uma vez que o refluxo gastroesofágico é causado por baixo ácido do estômago, o seu corpo não consegue decompor alimentos ricos em gordura, como bifes com muita gordura ou confecções fritas. Comer estes alimentos enquanto sofre de azia é uma receita para o desastre! Experimente gorduras saudáveis ​​e calmantes, como óleo de coco e ómega-3, para ajudar a melhorar mais rapidamente.

  • Glúten 

Infelizmente é o culpado pela maioria dos problemas intestinais, incluindo o refluxo gastroesofágico! Até tirar o glúten da sua alimentação, corre o risco de ter refluxo crónico de ácido, inflamação e doença autoimune, apenas para citar alguns dos riscos. 

Remover os 10 alimentos acima é um bom começo para melhorar a azia. Manter um diário alimentar pode ajudar a descobrir outros alimentos problemáticos e acelerar a cicatrização.

Mais dicas para o refluxo gastroesofágico

A melhor solução para recuperar do refluxo gastroesofágico é abordar a causa real. Em vez de procurar os medicamentos antiácidos depois de comer, experimente tomar uma enzima digestiva de alta qualidade antes das refeições, para que possa quebrar com segurança e absorver alimentos sem acumulação de ácido, gás e inchaço. 

Um probiótico de alta qualidade também pode restaurar um equilíbrio saudável da flora intestinal para ajudar na digestão saudável, acalmar um intestino inflamado e levá-lo ao caminho da melhoria rápida da azia!

Outra solução comprovada para reduzir o refluxo gastroesofágico é através da identificação das intolerâncias alimentares. 13 Na verdade, é uma primeira linha de tratamento ideal! Quando se tira os alimentos inflamatórios de topo, pode-se ver uma diminuição drástica nesses temidos momentos de azia.

Estudos também mostraram que uma dieta rica em açúcar pode agravar o refluxo gastroesofágico, enquanto a redução do impacto do açúcar pode ajudá-lo a melhorar bastante. 14 

Experimentar estas dicas, além de outros hábitos de vida saudáveis como dormir 7-9 horas todas as noites, treinar e gerir o stress pode colocá-lo longe do refluxo gastroesofágico para sempre!

Referências:

  1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4275099/
  2. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4991651/
  3. https://www.dgs.pt/programa-nacional-para-a-promocao-da-atvidade-fisica/ficheiros-externos-pnpaf/pub_a-saude-dos-portugueses-pdf.aspx
  4. https://digestivehealthinstitute.org/2014/07/10/h-pylori-low-stomach-acid-gerd/
  5. https://nutritionreview.org/2018/03/gastric-balance-heartburn-caused-excess-acid/
  6. https://www.marketwatch.com/story/global-antacid-market-growth-is-expected-to-be-driven-by-increasing-incidence-of-gastroesophageal-reflux-disease-globally-2018-03-14
  7. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0072488/
  8. https://www.umcg.nl/EN/corporate/News/Paginas/Antacid-use-dramatically-reduces-healthy-gut-microbial-flora.aspx  
  9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3752184/
  10. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4110863/
  11. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2974811/
  12. https://www.consumerreports.org/drugs/when-to-consider-ppi-drugs-for-heartburn/
  13. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28884564
  14. (https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10620-005-9027-7?LI=true)

As informações neste artigo são apenas para fins educacionais. Nunca mude ou interrompa os medicamentos sem consultar o seu médico.

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